Empresa reuniu a comunidade para elaborar um projeto para melhorias na comunidade e virar um produto
Depoimento do Marcelo Castilho (consultor da MVC Plásticos para o
projeto Conecta)
Tivemos um encontro
especial com a comunidade de Vila das Torres. Para mim o ponto marcante foi
conhecer de perto a realidade de moradia e trabalho dois em um: centro de
separação de lixo e residência no mesmo ambiente. Um sistema construtivo que
não pareceu abalar a dignidade das pessoas presentes em nossa encontro, pelo
contrario, estavam muito interessados em compreender o que pretendemos e,
claro, o que esperamos deles. Tivemos o apoio de diversas
lideranças locais na caminhada que fizemos pelo bairro. Impressiona a
quantidade de pessoas que se reconhecem a cada esquina. Uma cidade de interior
no centro de Curitiba.
Depoimento da Dulce Albach ( uma das integrantes do grupo que compõe o
projeto Conecta e docente da UFPR)
Fiquei pensando que passo quase diariamente ao lado da Vila e nunca
tinha entrado lá. É uma sensação de como se não fosse na mesma cidade. Outra
realidade de vida. Sempre me chama muita atenção perceber nas pessoas que tem
maiores dificuldades de sobrevivência, o quanto são mais unidas, fraternas, o
quanto valorizam os seus “vizinhos”. A visita na Vila me passou, entre outras
coisas, isto, como um dos próprios líderes comunitário falou: que “divide o
pouco que tem”. Outro líder também comentou que eles fizeram uma Agenda 21 para
a Vila. Fiquei interessada em conhecer e suponho que poderia ser bem útil e
proveitoso um trabalho de educação ambiental, associando esta às questões de
higiene também. Apesar da maioria das famílias trabalharem com reciclagem, catando
resíduos nas ruas e fazendo a separação, elas podem ser melhor informadas sobre
o assunto, percebe-se que este processo pode ser melhorado, e de forma
significativa. Ficou claro o quanto este trabalho é importante para eles,
garantindo o sustento da maioria das famílias. E por isto o interesse
demonstrado de aliar a moradia ao espaço de separação (morar no andar de cima –
para inclusive como disseram “afastar mais as crianças dos ratos” e fazer a
separação no andar térreo). Acho que esta cultura de que quem trabalha com
separação de resíduo (acho melhor do chamar de lixo) tem que achar “normal” que
o lugar seja sujo, tem que mudar. Obrigada Conectas pela oportunidade, adorei e
aprendi muito.
parabens!
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